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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Crase: Uma pequena notável.






Mais uma vez, agradeço aos seguidores pelos e-mails e comentários!



Neste post abordarei o tema do meu blog - Crase sem Crise - que surgiu como um "estalo" na minha mente, quando lí que em 2005 o Deputado João Nermann Neto propôs abolir o acento do português do Brasil por meio do projeto de lei 5.154. Bombardeado, na ocasião, por linguistas e gramáticos, acabou por desistir do projeto. Ainda bem, na minha opinião. Na sua não? Tenho certeza que após ler essa matéria com carinho irá mudar seu conceito em relação à crase. Na verdade vai achá-la até bonitinha e agradável aos olhinhos e ouvidos.



Crase:

Se todos pensassem na crase como um simples acento para evitar ambiguidade ou simbolizar uma fusão nas frases, ela deixaria de ser encarada como um bicho-papão, como é encarada por muitos hoje.

Vale lembrar que "crase" não é o nome do acento, e sim da junção de a+a. O nome do acento é "grave".



No clássico "Decifrando a Crase" (Globo-2005), Celso Pedro Luft explica o uso do acento (`) no "a" em duas aplicações distintas:

1) Sinalizar uma fusão: "Ela compareceu à reunião de pais e mestres." (à = a a).

2) Evitar ambiguidade: "Ela falou à professora sobre o filho." (sem a crase a frase se torna ambígua)

Exemplos de casos em que a crase retira a dúvida de sentido numa frase lembrados por Luft:

Cheirar a gasolina. (aspirar o combustível)
Cheirar à gasolina. (cheirar tal qual o combustível)
O homem pinta a máquina. (usa tinta na máquina)
O homem pinta à máquina. (usa uma máquina para pintar)
Chegar a noite. (anoitecer)
Chegar à noite. (chegar durante a noite)

A crase em resumo:

1- Preposição a + artigo feminino definido a: "É fiel à disciplina."

2- Preposição a + pronome demonstrativo a (= aquela). "A dúvida dela é igual à de todos os outros."

3- Preposição a + vogal "a" inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. "Ela atribuiu a culpa àqueles alunos."

A seguir, algumas dicas que facilitam a aplicação da crase:


- Troque pelo masculino:

Em caso de dúvida troca-se a palavra feminina por equivalente masculino: "Ela foi à reunião." x "Ela foi ao escritório." Nesse caso, como na troca se exigiu "ao", há crase.

- Troque por outra perposição ou artigo:

Quando o "a" puder ser substituído por "com a", "na", "para a", "pela", mesmo que a troca não construa uma frase perfeita, aplica-se a crase:

"Ela foi à escola." Substituia por "Ela foi para a escola." , portanto aplica-se crase.

"Acostumou-se às exigências." Substitua por "Acostumou-se com as exigências.", portanto aplica-se crase.

- Àquele, àquilo:

Quando exigir a preposição "a" antes de "aquele" ou "aquilo", mesmo com termos masculinos:
"Foi assistir àquela reunião."
 "Foi aplaudir àquele aluno."



- Com casa:

Quando "casa" está acompanhada de adjetivo ou pronome, aplica-se crase:
 "Ele fugiu e depois voltou à casa dos pais."


Quando "casa" não está acompanhada de adjetivo ou pronome, não há acentuação:
  "Ele fugiu e depois voltou a casa."



- Com terra:

Genericamente não se usa crase acompanhada da palavra "terra", em oposição a "mar" ou "bordo":
"Os piratas vieram a terra."

Há crase, no entanto, se a "terra" estiver qualificada, ou determinada:
  "Os piratas vieram à terra dos índios."


- Com lugares:


Veja se o nome do lugar exige crase de um modo simples:

Volto da Amazônia, portanto, "Vou à Amazônia." Na troca, quando se utliliza "da" se usa a crase.

Volto de Santa Catarina, poranto, "Vou a Santa Catarina." Na troca, quando utiliza-se o "de" não se usa a crase.

O mesmo se dá quando, na troca utiliza-se "para" ou "para a".


"Vou para a França", portanto, "Vou à França" com crase. "Vou para Roma", portanto, "Vou a Roma", sem crase.


- Com hora determindada:


"Cheguei às duas horas."

"Comeremos às oito horas."


- Com vista:

"Compras à vista, em dinheiro." Leva acento por tradição, ao contrário de "a prazo", que não leva acento. "Foi pago a prazo."



Ok, concordo que exige certa paciência e algum esforço para lembrar tais regrinhas, mas achei importante dividir essa matéria com vocês principalmente pelo fato da crase trazer tantas dúvidas, mas concordam que não é um bicho papão?





Sem crises...




Fonte: Revista Língua Portuguesa - Outubro 2009 - Editora Segmento. Por Luis Costa Pereira Júnior e colaboração de Josué Machado.

12 comentários:

  1. Olá, amei seu blog. Inclusive, coloquei alguns conteúdos no meu (citando a referência, lógico). Fique a vontade para visitar o meu e, caso encontre algo de valor, pode utilizar. Bjo. www.letrabydani.blogspot.com

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  2. Oi, Daniele!

    Muito obrigada pelo crédito! =)

    Gostei do seu blog! Vamos sim, trocar figurinhas!

    Bjo!!!

    Môny

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  3. Hi, Mikelle!

    Thank you for following my blog and is always very welcome too!


    Môny

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  4. Olá...pode seguir sim, já estou sehuindo vc...beijos!

    Guilherme Bandeira
    www.olhaoquemaneiro.com.br
    www.twitter.com/olhaquemaneiro

    ResponderExcluir
  5. Olá, Guilherme!

    Seja sempre bem-vindo!

    Abç,

    Môny

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  6. Olá!!

    Obrigada pelo comentário, seja sempre muito bem-vinda!!! =)

    Môny

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  7. descomplicando sem usar da palavra "obrigatoriamente" :O)

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  8. E eu que achava que sabia tudo de crase (rs). Quase não entrei no post.

    Agora vou levar um tempinho para assimilar tudo. Mas é questão de tempo.

    Parabéns Mõnica.

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  9. Oi, André!!

    De início a regra é uma só, de trocar o feminino pelo masculino, o que funciona bem, mas o post mostra que podemos dar maior "atençãozinha" a ela... =)

    Obrigada novamente pela visita! =)

    Abç

    Môny

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  10. Cristian Korny deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Crase: Uma pequena notável.":

    descomplicando sem usar da palavra "obrigatoriamente" :O)


    (Olá, Cristian! Desculpe! Não sei o que houve, mas não consegui publicar seu comentário, por isso o colei e copiei aqui, ok? Agradeço sua participação!! Abç, Môny)

    (

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  11. Claras e lúcidas suas explicações! Parabéns!

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  12. Olá, Ricardo!

    Muito obrigada! Volte sempre!

    Abraço,


    Mônica Lima Falsarella

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