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domingo, 24 de abril de 2011

Cuidado ao desejar que alguém se EXPLODA! - Verbo


Quem, um dia na vida, não disse a frase: “Que se exploda!”


Seja lá qual tenha sido o motivo pelo qual você desejou isso, caro leitor, desejou errado. Até nesse momento, não use mal a Língua Portuguesa.
O verbo explodir faz parte de uma categoria muito especial de verbos. São os chamados DEFECTIVOS (ou defeituosos, em termos mais práticos), que não podem ser conjugados em todos os tempos e/ou pessoas.  Esses verbos não têm uma conjugação completa devido à falta de eufonia em algumas de suas flexões.





  Tente, por exemplo, usar o verbo “demolir” na primeira pessoa do singular do presente do indicativo (eu). Ficaria assim:

“Eu demolo casas para construir outras.”

Neste exemplo, podemos substituir o verbo por outro que dê o mesmo sentido:

“Eu derrubo casas para construir outras.”

O verbo “explodir”, conforme o tema do artigo, não possui conjugação na forma verbal do presente do subjuntivo, nenhuma pessoa: que eu exploda, que tu explodas, etc.

Para exemplificar, abaixo temos um verbo “cantar” que pode ser conjugado em todas as pessoas, e também no presente do subjuntivo:


Agora, a conjugação do verbo explodir e de outros verbos defectivos:

Explodir 

Colorir

Demolir

Desafio então você, leitor. Tente conjugar o verbo "reaver".  Este, sem dúvida, é um dos verbos mais fáceis de ser classificado como defectivo.

Mas, se mesmo depois de tudo isso você ainda nutre o desejo de que alguém ou algo “se exploda”, use sua criatividade – com educação – e tente com um verbo equivalente, como “estourar”, “arrebentar”, etc.

Desejar que alguém ou algo exploda?

Sem crises...

Por Mônica Lima Falsarella - Imagens do site http://www.dicio.com.br

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Pois é, André!

    Para mim, essa frase estava correta, daí o motivo do post...rs

    Beijo,

    Mônica

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  3. mto boa essa matéria. é verdade msm né!
    não tem como existir "você se exploda" é melhor mudarmos o português, mas como para tudo existe o famoso vício de linguagem...será dificl....Aproveitando, passei a te seguir heim....

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  4. Olá!

    Na verdade, usamos algumas expressões que, segundo a gramática, estão incorretas, mas se o que importa é passar a mensagem, tantas regras às vezes passam desapercebidas.

    Obrigada,


    Mônica

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  5. Mônica,

    Gostei muito de seu blog e da maneira agradável como escreve. Fiz Direito, mas tenho um sonho incubado de fazer a graduação em letras um dia. Nutro a mesma paixão pela língua portuguesa que você!

    Bom, sobre o assunto do post, tenho uma dúvida. É que consigo compreender bem a razão pela qual não conseguimos conjugar a maioria dos defectivos, como o verbo falir. Não sabia que o nome técnico para isso era a "falta de eufonia" (bom saber). No entanto, não consegui visualizar a impossibilidade de conjugação do verbo explodir no presente do subjuntivo. Afinal, diferentemente do que ocorre com falir, conseguimos vislumbrar as "conjugações": "que eu exploda", "que tu explodas", "que ele exploda", "que nós explodamos", "que vós explodais", "que eles explodam". Por que está errado?

    Aproveitando o ensejo, outra dúvida (cujo objeto usei no comentário de propósito): o "diferentemente" é um advérbio válido ou seria um erro (cacofania), cujo uso deve ser substituído por diferente?

    Um abraço,

    Thalita

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  6. Olá, Thalita!

    De início quero agradecê-la pela participação e incentivá-la a "experimentar" as letras! É um curso que passa muito rápido devido à quantidade de matérias da grade (Literaturas Brasileira, Portuguesa, Inglesa, Norte Americana, além de Libras, Inglês, nossa querida Língua Portuguesa, entre outras), que embora sejam complexas no que se refere a interpretações e subjetivismo, são empolgantes e, muitas vezes, emocionantes!

    Concordo com você que "visualizamos" a conjugação do verbo explodir! Porém, a gramática normativa não permite a conjugação deste e de alguns outros verbos em alguns tempos verbais. No caso do explodir, ele chega até mesmo a ter eufonia, diferentemente (advérbio de modo, acompanha o verbo a seguir) de "demolir" que não POSSUI (verbo que tem como acompanhante "deferentemente") eufonia, e ficaria "feio" em uma construção, não é?

    Quando pretender mudar a intensidade, o modo, de uma ação (verbo), use SEMPRE o -mente. Exemplo:

    Cheguei rápido. (errado - rápido é um adjetivo, não pode alterar o verbo, ou o modo como "chegou", a não ser que haja uma construção assim: "Eu Cheguei cansada!" - Cansada altera o sujeito, qualifica o sujeito e não o verbo)

    Cheguei rapidamente. (correto - Chegou de que modo? - Rapidamente)

    DIFERENTEMENTE do que OCORRE com o verbo falir, do qual conseguimos visualizar as conjugações. Você aplicou bem, e não houve CACOFONIA.

    Obrigada pela participação!

    Beijos, seja sempre bem-vinda!

    Mônica

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